Inconscientemente abraçamos os filhos, do jeito que nós, pais, gostamos de fazê-lo, satisfazendo os desejos do nosso corpo. É cômodo. Abraçá - los do jeito que o corpo deles gosta é diferente, principalmente quando mãe e filho são de sensorialidades opostas ...
Caso o seu filho seja de um dos signos da família do GATO (galo, cabra, cavalo, gato, tigre ou porco), dos que se posicionam para VER/OUVIR, o corpo dele é um veículo do verbo RECEBER (ver/ouvir é receber imagem/som) e como tal gosta de abraçar as pessoas RECEBENDO-AS, acolhendo-as. E desde que o modo como se acaricia é o modo como se gosta de ser acariciado, ele gostará de ser abraçado por você da mesma forma: sendo acolhido pelo seu corpo. Se for FELINA, não haverá problema, mas se CANINA (lagarto, boi, rato, cachorro, macaco ou serpente) terá que construir a atitude oposta. Em vez de emitir o corpo na direção do filho, como geralmente faz, experimente – ao menos no primeiro movimento – fazer o corpo dele vir na sua direção 'para que possa acolhê-lo'. E aja sutil e cuidadosamente porque ele estará fazendo o mesmo!
O aconselhável é imaginar-se uma mãe AVE e recebê-lo sob as asas.
Já se o filho for de um dos signos CANINOS, dos que se posicionam para SEREM VISTOS/OUVIDOS, o corpo dele é um veículo do verbo EMITIR (ser visto/ouvido é emitir imagem/som) e como tal gosta de abraçar as pessoas emitindo-se de encontro a elas e, portanto, gostará de ser abraçado pela internauta da mesma forma: com você emitindo-se na direção dele. Sendo CANINA, tudo bem, mas se FELINA o seu corpo não foi feito para esse tipo de abraço (ele perde parte da sensibilidade ao ir de encontro ao outro). Mas tente, para isso mentalizando que este esforço, afora agradar o corpo do filho, a fará ampliar a própria sensorialidade. Coragem ! Considere-se uma mulher RÉPTIL ou o que é mais fácil, transforme-se numa flecha, em algo apto a ser emitido na direção do outro. E como a tendência do corpo do seu menino é fazer o mesmo movimento, haverá um choque, um inevitável encontro de umbigos, braços e peles !..
Por incrível que pareça – mãe da família do GATO – é disso que os corpos CANINOS gostam ...
No tópico 6.1 foi aconselhado à mãe CANINA que ao abraçar o filho FELINO evitasse lançar o corpo de modo exagerado de encontro ao dele. A tendência dos corpos CANINOS ao abraçarem alguém íntimo é ir na direção da pessoa e só pararem quando o próprio peito se encontrar com o do outro, o que para um FELINO constitui uma invasão. Por que isto ocorre ? A resposta é óbvia: ao abraçarem os filhos as mães CANINAS não usam a visão. E usá-la é enxergar no outro diferenças, contrastes. No próximo abraço esforce-se em perceber, por exemplo, qual das faces do seu menino – se a direita ou esquerda – tem mais espinhas. Olhe primeiro para uma e depois para outra, 'parta' o rosto dele em dois. A visão PARTIDORA fará você se aproximar do filho com cautela, devagar, ... o olhar atento, vendo.
O abraço de OLHOS ABERTOS é aprimorado com a mãe CANINA cerrando os lábios e relaxando o rosto. E atenção: a face relaxada não significa 'cara-dura'. A fisionomia FELINA sendo isenta de caretas pode parecer às CANINAS fria, mas não. É uma expressão tranquila.
No caso oposto ao anterior, em que você é FELINA e o filho CANINO, a reflexão é outra: por que o seu corpo se desloca tão cuidadoso de encon tro ao dele? O conteúdo exposto permite responder: a internauta se encaminha devagar porque VÊ. A necessidade de enxergar o outro evita que o seu corpo avance. Mas é justamente deste avanço que o corpo CANINO gosta, de onde no próximo abraço utilize os olhos de um jeito novo, disperso, contemplativo, ou melhor ainda, feche – os. A atitude visual 'para o todo' a empurrará de encontro ao filho. Vamos lá, mãe FELINA! Tensione-se como se fosse um arco, solte um grito e deixe o resto para o Desconhecido...
A percepção do encontro próximo – a qualquer momento – colocará o corpo do filho em 'alerta máximo', a um passo da êxtase. E atenção: o abraço CANINO não é um gesto violento. É um desvario! O importante é a velocidade. Num instante, você que estava a dois metros terá passado com o rosto resvalando por uma das orelhas do filho e o seu peito – ofegante – se chocado de encontro ao dele. Nada é mais emocionante para um RÉPTIL do que um abraço desses!
Internauta CANINA, ao abraçar o filho de signo FELINO conscientize-se de que está afagando um ser do UM. Uma pessoa especial no sentido que prefere ser UM a MUITOS. A sensibilidade é peculiar, pois se concentra na única possibilidade: a de ser ele e mais ninguém ! Como o corpo CANINO se posiciona para interagir com 'mais de um' corpo (se atrai para o todo), você não dá atenção visual (e auditiva) a uma única pessoa à frente (prefere mais de uma). Os olhos(e ouvidos) se fixam no filho, mas se algo acontece por perto, eles vão atrás, o que indica que estão aferidos para o muitos (para o 'todo' e não para a 'parte').Atente para isso e no próximo abraço não olhe para os lados, só para o filho. E mentalize: "das pessoas que conheço, o meu menino é uma particularidade. Não há outro igual a ele".
Do alto ela descortina o TODO, mas seu olhar se atrai para a PARTE, para o mínimo, na tentativa de tornar cada momento único. É vê-lo ou perdê-lo para sempre.
Mãe FELINA, ao abraçar o filho de signo CANINO conscientize-se de que está afagando um ser do MUITOS (do MAIS DE UM). Evite vê-lo em minúcias, procurando pormenores que o individualize, como é a sua tendência. Já notou que o corpo dele não gosta de ser visto em detalhes ? É só você fazer referência – mesmo elogiosa – ao jeito da gola da camisa, ao corte do cabelo, que o sensorial oposto reage, "Ah mãe, deixa disso !". Ao abraçá-lo novamente, estenda o olhar em torno e pense:"o meu filho não é só ele, é muitos! É os posters na parede, a opinião dos amigos, dos parentes, ... o grupo".
Há uma riqueza de pormenores da fauna e flora à sua volta e ele se entrega ao imaginário, direciona visão e audição ao 'todo'. Pois é este olhar dirigido à amplidão do cenário, que você deve adotar ao abraçar o filho CANINO. Para os corpos REPTILIANOS, captar detalhes num abraço, é tirar toda a beleza do momento!
Internauta CANINA - corpo movido pela energia do RÉPTIL - , ao abraçar o filho FELINO leve em conta que está abraçando alguém de sensorialidade muito parecida com a das AVES; que sente, toca, se desloca, percebe e deseja ser percebida como uma. Você já tocou num pássaro ou de alguma forma se comunicou com um deles ? A DELICADEZA é fundamental ! A leitora pode até esquecer as instruções anteriores e ficar com esta. Ela tem explicações não só poéticas como objetivas. Na delicadeza os corpos se tocam menos, só onde são para serem tocados, o que satisfaz a necessidade de sutileza, de não materialidade, das pessoas GATO. Tente recordar se alguma vez deu no filho de signo FELINO este tipo de abraço.
Internauta FELINA – corpo movido pela energia da AVE -, ao abraçar o filho CANINO leve em conta que está abraçando alguém cujo sensorial tem muito em comum com o dos RÉPTEIS, que sente, toca, anda, percebe e gosta de ser percebido como – por exemplo – um filhote de jacaré ! Por acaso, você já interagiu com um ? A RUSTICIDADE é fundamental. Nela os corpos se tocam mais, o que satisfaz a necessidade de materialidade das pessoas movidas por este tipo de energia. Tente lembrar se alguma vez deu no filho de signo CANINO um abraço desses ...
As atmosferas que permeiam os dois ABRAÇOS são completamente diferentes. É essencial as mães - internautas desenvolverem a percepção dessas diferenças, sem o que será impossível abraçarem os filhos de sensorial oposto, do jeito que o corpo deles gosta. É para isso que servem os ARQUÉTIPOS e seus correspondentes ambientes arquetípicos ... Eles lhe auxiliarão a incrementar a qualidade de seus abraços.
Para dar um cunho realista à sua 'construção do oposto', sugerimos à mãe COMANDANTE frequentar o FÓRUM da sua cidade e até mesmo participar do corpo de jurados que auxilia os magistrados. Atuando no 'júri popular', terá condições de enriquecer o abraço no filho de signo JULGADOR.
Exemplo: a sua assiduidade às sessões a fará captar que a principal personagem do FÓRUM se chama V E R D A D E . É a busca da VERDADE que impulsiona o agir das pessoas envolvidas com a Justiça.
De onde, o conselho a você, neste último abraço é: PREPARE O CORPO PARA A VERDADE. E na obtenção da VERDADE, o órgão acionado é o AUDIOVISUAL.
À mãe de corpo JULGADOR cabe missão oposta. Montar guarda no QUARTEL mais próximo ! Esqueça as ideologias, o importante é a atmosfera comunicacional. Em poucas horas irá notar que o quartel é um grande ÓRGÃO FONATÓRIO. Orelhas e olhos quase não têm função. Da 'ordem do dia'ao hastear da bandeira, nada se faz sem som. O imperativo é acionar a garganta, o diafragma, ... cordas vocais e pulmões. Mesmo os soldados rasos alimentam o sonho de um dia FALAR ! Num tal clima, o principal personagem não poderia ser outro, o verbo M O T I V A R. É para ele, mãe FELINA, que o seu corpo deve se preparar ...
Acorde cedo e espere a tropa. Perfilada ela vai sair pelas ruas para manter a forma física e homenagear o SOM. Vá atrás ! Os pés de encontro ao solo, ativam o fonatório. As cantorias fluem como balões ... Ao marchar para o próximo abraço no filho CANINO, materialize o pensamento:
Aconselhar as mães-internautas que abracem os filhos como se fossem cães ou gatos, pássaros ou lagartos, parece utopia .Mas não há como evitar. Os animais são os veículos naturais das energias. É através deles – como mensageiros de seus arquétipos – que herdamos os estímulos elementares que movem nossos corpos.
Propomos o desafio: se a leitora se identificou, por exemplo, com o abraço reptiliano e descobriu que o do filho também é assim, e apressadamente concluiu "ele puxou de mim !", vá até a banca de revistas mais próxima, consulte uma que contenha o calendário lunar (ou vide 7.31) e confira o ano de nascimento de vocês!