Fonaçãotatoolfato
Vamos pensar novamente juntos: o corpo que se posiciona para OUVIR, deve ter uma conduta sonora oposta ao que se posiciona para SER OUVIDO!
3.1 - RECORRENDO AOS ARQUETÍPICOS
Observe a voz do JUIZ. É 'para dentro', discreta e contida. Mesmo o réu sendo um assassino frio e sanguinário, o JULGADOR IDEAL expõe a sentença sem erguer o som. Com a voz mansa e pausada, ele dirá ...: "O Sr. Fulano de tal, por ter tirado a vida de mais de 60 seres humanos indefesos, está condenado a 1.340 anos de prisão. Por favor, queira se retirar." Imagine internauta, ... se no lugar do JUIZ estivesse o COMANDANTE!
3.2 - MIADOS, RELINCHOS, LATIDOS E MUGIDOS
Experimente miar, leitora - internauta ! Repare que o som felino, de tão delicado e cuidadoso, mais parece um pedido de desculpas por estar expondo suas intenções de maneira tão rústica – através do som! Este fato sugere que a exteriorização sonora contraria o seu instinto, afinal, gatos são animais que se posicionam para OUVIR e não para SEREM OUVIDOS! Não será por este motivo que o miado nos remete a uma sensação de tristeza, aspecto aliás, que igualmente ocorre com equinos?
Quanta melacolia num relincho !
Observe, em oposição, a felicidade do seu cão ao latir, .. e do boi ao mugir. Estes sonorizam com tanta intensidade e dedicação, que os seus aparelhos fonatórios dão a impressão a quem os ouve, de estarem fazendo o que gostam !
Vamos examinar o que o conhecimento Ancestral sugere a respeito ...
3.3 - OS DOIS TIPOS DE FALA
Leitora de signo FELINO(JULGADOR), repare que ao FALAR você ouve mais. Qualquer barulhinho é percebido pelos seus ouvidos mais prontamente do que se o estivesse apenas ouvindo. A explicação: o seu corpo sendo sintonizado para RECEBER informação (para VEROUVIR), ao desempenhar a atividade oposta (o emitir sons / o ser vistoouvido) se opõe. E a forma de fazê-lo é aumentando a audição: você passa a ouvir mais. E para evitar este excesso, você abaixa a voz ... de onde a sua fonação é controlada pela audição.
O corpo CANINO(CONDUTOR), por seu lado, tendo a natureza EMISSORA, não reage à FALA, aceita-a de bom grado. Nele, a fonação não é controlada pela audição.
Quando alguém da família do CACHORRO fala, não é qualquer ruído que a faz parar e se isto ocorre ela sobe a voz e continua o discurso. Em situação semelhante o corpo FELINO prefere parar de falar.
3.4 - A GARGANTA FELIZ
Até que o Fernando – o seu parceiro canino – não é de falar muito, mas quando fala, nota-se a felicidade no seu corpo. Vejamos ... Enquanto a audição dos FELINOS é "pura" (recorde-se do exposto em 2.33), o som flui para o interior do organismo com liberdade, sem medo nem resistência (se a mensagem é agradável eles têm prazer em ouvi-la e perdem a noção do tempo), para um CANINO a fonação que é "pura". O som tende a fluir para o exterior com liberdade, sem medo.
Por exemplo, quando o Fernando fala sobre um tema que gosta, a garganta dele fica tão feliz quando a de um boi ao mugir! O corpo vibra e quer falar mais. O aparelho fonatório dos dois – do seu marido e do boi – tende a estender o som, a 'continuá-lo'.
A conduta sonora da leitora-internauta, por sua vez, assemelha-se – como FELINA – a de um CAVALO, de um GATO! O relinchar equino e o miar felino ao serem emitidos enfrentam a oposição – o controle - da audição. São sons descontínuos, ritmados, 'partidos'.... começam e terminam, ...'aumentam para em seguida diminuir'. Em alguns momentos mais parecem uma fala, tamanha a modulação. E o mesmo ocorre com as sonoridades do galo, cabra, gato, tigre e porco. Já as do outro lado, lagarto, boi, rato, cachorro, macaco e serpente,..., não enfrentado a oposição auditiva, são 'contínuas', tendem para o berro, para o urro, para o grito ...
Sintetizando: se você, como FELINA ao falar ouve mais (daí ser um sacrifício erguer a voz), o seu marido CANINO ao falar ouve menos e por este motivo ele ergue a voz com facilidade ...
3.5 - ALÔ, TELEFONISTA !
Após se dar conta de que o aparelho de TV que comprou está demorando a ser entregue e o show de fim de ano do Roberto Carlos vai começar, você liga de imediato para a loja que o vendeu e uma voz eletrônica pede para aguardar! Qual será a sua provável conduta sonora, quando do outro lado da linha, finalmente uma voz humana lhe atende?
Por acaso o seu aparelho fonatório, como o de um GATO, um CAVALO, ... ou de um JUIZ, esbraveja com suavidade, isto é, por partes. Apesar da sua paciência ter se esgotado, de início você expõe o fato, espera a reação da atendente, a ouve, fala mais um pouco, enfatizando o quanto está decepcionada e ao fazê-lo, se a sua voz aumenta, seus próprios ouvidos se irritam e você dá chance à moça que se justifique, a ouve outro tanto e assim vai ... Ou será que como um COMANDANTE acuado, a sua voz sobe em demasia e o corpo perde o controle sobre o que diz! O resultado? As palavras saem da sua boca todas ao mesmo tempo, O importante não é ouvir, mas ser ouvida, raios !
3.6 - ATENÇÃO !
Uma coisa é o MODO, outra a fisiologia do órgão.
A fisiologia de um órgão advém de sua herança biológica usual, a que herdou dos pais, ... já o MODO como este órgão atua no plano dual elementar (a parte - o todo) - caractere que estamos investigando - provém da herança astrológica Lunar, .
O indivíduo pode ter a voz forte, grossa, potente, herdada dos pais, ...e manifestá-la, caso seja uma JULGADORA, discretamente, por partes, controlando a intensidade sonora, ... ou se CONDUTORA, manifestá-la de modo totalizado, sem controlar a intensidade, rusticamente.
Vale repisar: uma coisa é a herança biológica usual, a que herdou dos pais, outra a astrológica LUNAR!
3.7 - RETORNANDO AO TATO
Na Introdução (Janela 1/ tópico 1.14) a internauta teve a oportunidade de identificar o seu modo preferido de tatear, se 'pelo com pelo' ou 'pele com pele'. Nos tópicos que seguem faremos outras considerações úteis sobre a percepção tátil das duas famílias sensoriais ...
Antes, porém, vamos recordar os dois tipos de TATO, para isso recorrendo aos nossos 'guias' animais ...
3.8 - GATO NO COLO
Quando um GATO está no colo, parece que não está ! Ele toca no corpo do outro de modo suave, um pouquinho aqui, outro tanto ali, mais outro acolá. E ao se aproximar do dono, age da mesma forma: no primeiro contato encosta numa partezinha da perna, no segundo em outra, depois em mais outra, ... de onde o tatear FELINO evolue por partes. Este tipo de toque, leve, cuidadoso, 'pêlo com pêlo', pode ser designado mais apropriadamente de TATO 'PARTIDOR'.
Um CACHORRO, ao contrário, quando está no colo parece que está! CANINOS gostam de tocar e serem tocados por inteiro, com as suas patas – ou as mãos do outro – deslizando e pressionando o corpo todo. É um tocar tocando mesmo, 'pele com pele', assumido, pleno.
Em oposição ao dos GATOS, o chamaremos de TATO 'TOTALIZADOR'.
3.9 - COMENTÁRIO
Considere que a sensorialidade tátil – a que se realiza através da pele – sendo uma das mais intimistas, sofre acentuada influência da herança cultural. O seu modo de tocar nos outros – e de gostar de ser tocada – tem muito dos costumes do seu país, da educação que recebeu dos pais, de sua religião, etc.
Vale martelar: como estamos abordando os desejos do seu corpo e não os do contexto em que esta inserido, procure desconsiderar essas influências.
Retomando o caminho ...
3.10 - AMPLIANDO O TATO
O sentido do tato – o da percepção através da pele – não atua apenas quando o indivíduo se relaciona com um semelhante, mas com todo e qualquer elemento do ambiente. Um gato evita o contato corporal denso não só com outro gato, como também com o chão onde pisa (repare no cuidado do bigode ao andar), com as paredes da caixa em que descansa, com os móveis. Pois este comportamento acontece com os demais do grupo. Exemplo: cavalos não encostam em tudo ! Cabras idem ... Galos nem se fala, tigres e porcos também ...
Já os CANINOS e os de sua família têm um modo diferente de usar o tato. Veja o seu cachorro dormindo: o queixo afundado, as patas e a barriga em íntimo contato com o chão. E essa conduta se estende aos companheiros... Ao se deitarem junto às cercas, os bois jogam todo o seu peso de encontro aos mourões e ao solo ...
3.11 - O MEU RELACIONAMENTO COM AS COISAS !
E a leitora, como desempenha o tato? Protegendo a si própria, evitando resvalar nos elementos à volta ... ou não tem esse sentido de proteção?
Imagine-se na fila do banco ou do supermercado. Sem querer o seu corpo tende a se aproximar da pessoa à frente e você precisa estar alerta para que isso não ocorra, ou espontaneamente ele mantém distância?
Outra situação. Mentalize a última vez em que esteve numa loja de roupas e procure se lembrar da sua reação ao deparar com aquele conjuntinho lilás que tanto lhe agradou. O seu corpo se contentou em admirá-lo com os olhos ou teve que por as mãos? Na primeira hipótese a leitora-internauta é uma FELINA (só se aproxima depois de ver) e na segunda CANINA (sempre dando suas lambidinhas!).
3.12 - MAIS PERGUNTAS
É comum você flagrar suas mãos deslizando pelo corrimão das escadas ou o abdômen encostando mais do que devia na pia da cozinha? E como o seu corpo se comporta no elevador cheio? Aceita a proximidade dos outros ou – como um gato – prefere mantê-los à uma sutil distância?
Por este ponto, vamos convir amiga-internauta, você já tem elementos para identificar o seu tipo sensorial tátil, se JULGADOR(da família FELINA) ou CONDUTOR(da família CANINA).
Para encerrar os MODOS sensoriais referentes aos órgãos sensoriais específicos, vamos a algumas palavras sobre OLFATO.
3.13 - OLFATO
Vide os dois mamíferos da coluna da direita na classificação sensorial resumida abaixo ... Tendo olhos e ouvidos atraídos para o TODO, e portanto, livres do compromisso de detectar partes, detalhes, ... visão e audição passam a ter um papel secundário e o ímpeto sensorial - o prazer instintivo - se transfere para o OLFATO. O nariz é acionado e se torna o órgão mandante, o que aliás, é uma carcaterística REPTILIANA. Repare no faro da serpente, de um lagarto!
O exposto não significa, por exemplo, que gatos e cavalos não cheiram! Cheiram sim, inclusive têm o faro aguçado. Só que não cheiram por prazer, mas para se protegerem. Observe-os cheirando: os seus focinhos se afastam da fonte do cheiro! O prazer mesmo – ah o prazer em cheirar! – este está com os animais do lado de lá!
Os corpos de ímpeto olfativo, como os de caninos e bovinos, tendem inevitavelmente a se aproximar 'mais que o necessário' da fonte do cheiro' *, ...o que os faz mais facilmente SEREM VISTOS e OUVIDOS!
Vamos repisar: o fato de um animal ter determinado sentido aguçado não implica em que tenha prazer em usá-lo. Lembre-se dos CÃES: eles têm boa audição, mas nem por isso gostam de ouvir. Preferem ser ouvidos!
*a maior concentração das partículas odoríferas é justamente na fonte.
3.14 - OLFATO HUMANO
Evidente que o olfato humano não tem a intensidade do olfato animal, ... no entanto amiga-internauta, a ASTROLOGIA SENSORIAL sinaliza que as leitoras de sensorialidade CANINA gostam dos odores, aproximam suas narinas 'mais do que o necessário' da fonte dos cheiros (se dessa família, repare no modo como cheira suas unhas!). Já os parentes sensoriais do GATO, aproximam e logo após tendem a se afastar.
Podemos traduzir a diferença nos modos de cheirar dos dois grupos, recorrendo mais uma vez ao dualismo elementar. Vide o gato: uma cheiradinha e se distancia da fonte do cheiro, mais outra e novo distanciamento, e assim vai (a abordagem é 'por partes') ... enquanto os cachorros cheiram 'de uma vez' !
